• As aplicações de fundos nacionais no Exterior continuam isentas. Inicialmente, governo havia anunciado aumento para 3,5%
  • As remessas de pessoas físicas ao Exterior destinadas a investimentos continuarão com a alíquota de 1,1% por operação, e não terá aumento para 3,5%
  • Outras medidas, como aumento na alíquota das compras com cartões internacionais e de moeda em espécie seguem com aumento, como anunciado durante a tarde de quinta
  • O ministro reconheceu que o governo poderá ter de ajustar o congelamento de recursos em cerca de R$ 2 bilhões devido ao recuo na cobrança do IOF.

    Haddad disse que a conversa entre governo e mercado é constante e que 97% das medidas anunciadas estão mantidas, porque, segundo ele, "vão na direção correta".

    Não temos nenhum problema em corrigir rota se o rumo de cumprir metas fiscais for mantido — disse.

    O ministro afirmou que conversou com a equipe econômica ao longo da noite após "pessoas do mercado" afirmarem que a mudança no "IOF poderia acarretar problemas”. Segundo ele, entendeu-se que a revisão era justa e a Casa Civil foi acionada para que a mudança fosse processada e publicada no Diário Oficial da União. 

    Haddad explicou ainda que dada a repercussão do anúncio, o governo teve de "ser rápido".

    — Penso que vai fazer bem antes da abertura do mercado para evitar boataria. Poderia ar mensagem equivocada — acrescentou. 

    Cartão de crédito

    Sobre as alíquotas para compras internacionais no cartão de crédito — trecho do decreto que foi mantido —, Haddad afirmou que não foram elevadas, mas "equalizadas". 

    — É menor do que o governo anterior — rebateu ao ser questionado pelos jornalistas. 

    O IOF era de 3,38% sobre compras com cartão de crédito, débito e pré-pagos internacionais, mas am para 3,5%.

    Revogação

    No fim da noite de quinta-feira, o Ministério da Fazenda anunciou a reversão parcial do decreto que havia sido anunciado horas antes e voltou a zerar o IOF em algumas situações. Numa série de postagens na rede social X, a pasta informou que a decisão foi tomada "após diálogo e avaliação técnica".

    "Este é um ajuste na medida — feito com equilíbrio, ouvindo o país e corrigindo rumos sempre que necessário", justificou o Ministério da Fazenda na rede social.

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