Bom Dia! Amanhece um dia festivo: 1º de maio, dia de São José Operário, dia do trabalhador e da trabalhadora... O trabalho faz parte da vida... Celebremos o dom de poder trabalhar de infinitas formas... Bênçãos aos trabalhadores/as... Feliz dia!
“A vida é assim mesmo, tem dias em que as nossas flores não abrem, mas não é por isso que se deve desistir das sementes.” (Inês Seibert).
Ao acordar, o primeiro pensamento deveria estar repleto de gratidão. Afinal, estar vivo é um verdadeiro milagre. Muitas vezes, por mais que o sol brilhe, o jardim da nossa alma permanece em silêncio, com suas flores teimosamente recolhidas. Por entre as promessas do solo e o trabalho paciente das mãos, experimentamos a expectativa da beleza que ainda não se mostra. Quem semeia sabe: nem sempre o broto respeita a nossa pressa.
Existem sementes que repousam em gestação invisível, como se aguardassem o como secreto da eternidade. A tentação de desistir costuma rondar exatamente nesses momentos em que nada parece acontecer, como se o esforço tivesse sido em vão. Mas há uma ciência que não se aprende nos livros, somente no pulsar humilde da existência: o tempo de Deus não falha, ainda que os olhos humanos duvidem.
Se a flor se retrai, a semente, lá dentro, continua viva. E mesmo que a superfície do campo pareça árida, há milagres sendo tecidos sob a terra. Quantas vezes o coração se agita, desejando acelerar o processo, como quem puxa uma planta pelo caule tentando fazê-la crescer mais rápido? Aprender a respeitar o mistério dos ciclos é arte que nos salva do desânimo. Persistir é confiar que há um florescer destinado a acontecer, mesmo sem aviso prévio, mesmo sem sinal aparente.
A vida verdadeira não se esgota nas estações visíveis. Ela se firma na esperança que permanece, mesmo diante do inverno mais longo. Por isso, mesmo quando as flores não abrem, continuo com as mãos sujas de terra e o coração cheio de fé, acreditando que o invisível germina. Não há vento, nem seca, nem espera prolongada que possa cancelar a promessa escondida na semente.
Assim, permaneço entre a esperança e a certeza, regando silenciosamente tudo aquilo que ainda não floresceu. Porque, um dia, mesmo sem alarde, o campo se vestirá de festa, e então entenderemos que nenhum gesto de amor ficou perdido, nenhuma semente foi esquecida. A paciência da espera é a liturgia da confiança. E, enquanto a flor não chega, a própria esperança já é um jardim em formação.
Bênção! Paz & Bem! Santa Alegria! Abraço!