Bom Dia! A terça-feira desponta com leveza e determinação. A cada amanhecer Deus nos abre um leque de possibilidades e nos convida a sermos dinâmicos e criativos, pois a vida precisa de rumo e de direção. Viver é um ato único e inédito. Agradeçamos por estarmos vivos neste momento da história. Feliz dia!
“A vida acontece nos dias comuns.” (Felipe Daroit)
A maioria espera pelo final de semana, pelo feriado ou pelas férias para viver com significado. Praticamente, desvalorizamos o momento presente em vista de algo extraordinário. Porém, a maior parte da vida acontece nos dias comuns, naquela rotina que acreditamos não ter nada para nos oferecer.
Há uma tendência de esperar demais dos momentos extraordinários, como se a plenitude da existência estivesse reservada apenas aos dias marcados com festa, às conquistas grandiosas ou às cenas dignas de registro. No entanto, a sabedoria mais autêntica está justamente em perceber que a vida verdadeira acontece quando não há pressa, quando não há plateia, quando tudo parece apenas seguir o seu curso.
São os dias comuns que mais nos sustentam. É neles que o café é coado com carinho, que o bom dia é repetido sem cerimônia, que o pão é repartido em silêncio, e que o abraço acontece sem motivo especial. No aparente tédio da rotina mora a constância que protege o coração do cansaço e da solidão. Os gestos pequenos, quando feitos com atenção, se tornam sagrados. Às vezes, um simples olhar de cuidado diz mais que mil discursos.
E é nos dias comuns que o amor mostra sua forma mais autêntica: não precisa ser lembrado, porque simplesmente permanece. Quando a alma aprende a valorizar o ordinário, descobre que nele está o extraordinário escondido. Nada grita, mas tudo fala. Uma casa arrumada, um ofício cumprido com honestidade, uma oração dita baixinho entre as tarefas: isso tudo é vida. Uma vida que não pede aplauso, mas que floresce no que é discreto.
O ordinário é o palco onde o sagrado se ensaia sem alarde. E só quem silencia o coração consegue escutar a voz que habita o tempo simples. A vida não está suspensa à espera de grandes acontecimentos: ela pulsa, agora, neste instante. Enquanto respiramos, algo sagrado se realiza, mesmo que não percebamos. Porque a eternidade começa, muitas vezes, no intervalo entre uma tarefa e outra, na pausa do olhar que contempla sem exigir. É nos dias comuns que a felicidade se apresenta, sem traje de festa, mas com aquela alegria que contagia todos os outros dias. Bênção! Paz & Bem! Santa Alegria! Abraço!