
Franciele Greff Mentz, 33 anos, sonhava em aumentar a família. Raíssa Müller, 21, terminaria a faculdade de fisioterapia em breve. Caroline Machado Dorneles, 25, esperava um bebê. Todos esses desejos, no entanto, foram interrompidos abruptamente em abril. Assim como outras oito mulheres, Franciele, Raíssa e Caroline foram vítimas de feminicídio no Rio Grande do Sul, no último mês.
Conforme dados divulgados pela Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP), em abril, ao menos 11 mulheres foram assassinadas por questões de gênero no Estado. O número é um salto de 1.000% em comparação ao mesmo mês do ano ado.
Na maioria das ocorrências — 10 dos 11 casos contabilizados pela SSP —, os principais suspeitos de cometerem os crimes são companheiros ou ex-companheiro das vítimas. Em um episódio, o suposto agressor era padrasto da vítima, uma menina de 14 anos.
Zero Hora conversou com familiares e amigos das vítimas, que contaram quem eram essas mulheres, assim como os sonhos delas. Confira:
Quem são as vítimas
12 de abril — Franciele Greff Mentz, de Novo Hamburgo

O sonho de Franciele Greff Mentz, 33 anos, de aumentar a família foi suspenso em 12 de abril. Ela foi assassinada a facadas dentro da própria casa no bairro Santo Afonso, em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, enquanto dormia.
O então parceiro dela confessou o crime e foi preso em flagrante. Segundo familiares, o casal se relacionava há mais de uma década. A filha do casal, de cinco anos, estava no local do crime.
— Franciele era uma pessoa de coração enorme, uma excelente mãe, esposa, amiga e conselheira. Ela era meu tudo. Eu perdi tudo o que eu tinha. A filha dela está com muita saudade da mamãe — afirmou a irmã Paula Silveira, 46 anos.
Natural de Novo Hamburgo, Franciele era irada pela irmã por sua generosidade e dedicação à família. Em fevereiro, tomou a decisão de deixar o trabalho para se dedicar inteiramente à filha, priorizando o tempo e o cuidado que desejava oferecer. Além da menina e de Paula, ela deixa dois irmãos.
17 de abril - Juliana Jansen Ribeiro, de Camaquã
O corpo de Juliana Jansen Ribeiro, 34 anos, foi encontrado em uma área isolada próxima ao Arroio Velhaco, na BR-116, em Camaquã. O corpo foi localizado após o companheiro dela registrar o desaparecimento de Juliana em uma delegacia no dia 17 de abril.
Durante o depoimento, ele apresentou contradições que levaram a polícia a iniciar diligências. O suspeito foi preso em flagrante e indiciado por feminicídio e ocultação de cadáver. O casal mantinha um relacionamento de cerca de três anos e não morava junto.
Zero Hora entrou em contato com familiares e amigos de Juliana, mas não obteve retorno. O espaço fica aberto para manifestações.
18 de abril — Raíssa Müller, de Feliz

Raíssa Müller, 21 anos, era uma jovem cheia de sonhos e qualidades. Natural de Arroio Feliz, no município de Feliz, no Vale do Caí, ela estava no segundo ano do curso de Fisioterapia, quando foi morta a facadas ao lado do companheiro Eric Richard de Oliveira Turato, 24 anos, em 18 de abril. O crime aconteceu na residência das vítimas.
O suspeito de cometer os assassinatos é o ex-namorado de Raíssa Vinícius Britz, 25 anos, com quem se relacionou por cinco anos. Conforme boletim de ocorrência, ele invadiu a residência do casal após ver uma publicação de Raíssa e Eric juntos nas redes sociais. Ele foi preso em flagrante.
— Vimos nascer, crescer, ter suas três formaturas e estávamos aguardando a próxima. Casar, ter filhos, o ciclo da vida, como era para ter sido — lamenta a irmã Maísa Müller, 21 anos, que relembra que Raíssa estava aprendendo a falar alemão e planejava comprar um carro nos próximos meses.
Conforme a Maísa, Raíssa sonhava em se formar na faculdade, ter uma família e viajar pelo mundo. Recentemente, havia começado a praticar corrida e participaria de provas em breve.
Raíssa, segundo a irmã, era "apegada aos pais" e "alto astral". Também estava sempre disposta a ajudar, a ouvir e a apoiar quem precisasse.
— Desde nova sempre foi muito responsável, independente e cuidadosa. Quando nossa avó adoeceu, ela tinha apenas 12 anos. Quando não estava na escola, ela estava sempre com a vó fazendo companhia e oferecendo cuidados. Acredito que isso despertou nela o desejo de trabalhar com a área da saúde — relembra Maísa.
18 de abril — Caroline Machado Dorneles, de Parobé

Caroline Machado Dorneles, 25 anos, vivia para ver o sorriso da filha de quatro anos. Mãe dedicada, ela estava ansiosa para dar as boas-vindas ao segundo filho, de quem estava grávida de três meses.
O "olá" nunca foi concretizado, pois na madrugada de 18 de abril, em Parobé, no Vale do Paranhana, Caroline foi morta a facadas. O suspeito de cometer o assassinato é o ex-companheiro da vítima, também pai do bebê que estava por vir. Carlos Daniel de Oliveira, 24 anos, se entregou à polícia no dia seguinte ao crime. Em 14 de maio, ele virou réu na Justiça pelo feminicídio.
Nascida em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, ela foi morar com o companheiro em Parobé, a cerca de 35 quilômetros de distância de seus familiares. O casal se relacionou por mais de um ano e vinha enfrentando brigas e discussões. Quando o crime aconteceu, a vítima havia voltado de uma estadia de duas semanas na sua cidade natal.
— Ela sonhava em ser feliz, ter a família dela com o marido e filhos. Ela sonhava com um lar feliz. Sonhava em dar tudo que pudesse para os filhos. Acreditava muito no amor. O prazer dela era ver a filha crescendo bem e feliz — descreve Andrea Lidiane Machado, 45 anos, mãe da vítima.
Apaixonada por música, especialmente funk e sertanejo, e torcedora do Internacional, Caroline costumava manter a determinação mesmo em meio a dificuldades.
— Era uma menina guerreira. Nunca teve medo de botar a cara quando queria alguma coisa. Ela olhava para frente e seguia sem medo de dar errado — acrescenta a familiar.
Caroline deixa a filha, quatro irmãos e a mãe. A criança, que está sob os cuidados da avó paterna, recebe apoio psicológico para lidar com o assassinato da mãe.
18 de abril — Simone Andrea Meinhardt, Santa Cruz do Sul

Também no dia 18 de abril, em Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, Simone Andrea Meinhardt, 49 anos, foi morta dentro de uma casa no bairro Bom Jesus. O suspeito de realizar o crime é o companheiro dela, que foi preso em flagrante. Os ferimentos foram feitos por arma branca.
Simone era mãe de cinco filhos e avó de cinco netos. Segundo uma das filhas, Eduarda Meinhardt, 26 anos, a vítima gostava de ear e encontrar amigos.
— Ela era aquela pessoa faceira, feliz. A gente encontrava ela sempre sorrindo, independente de onde ia. Sempre vou lembrar da imagem dela sorrindo — assinala Roselia Vidales, 43 anos, que era amiga da vítima desde 2009.
18 de abril — Juliana Proença, de São Gabriel
Morta a facadas em frente da filha de seis anos, Juliana Proença, 47 anos, foi degolada na manhã de 18 de abril, no bairro Vila Lima, em São Gabriel, na Fronteira Oeste.
O ex-companheiro de 54 anos é suspeito do crime. O homem, que foi preso em flagrante com a arma do crime, possui antecedentes criminais por ameaça, vias de fato e lesão corporal.
Conforme amigos, a vítima era natural de São Gabriel e uma pessoa reservada.
— Era uma pessoa maravilhosa, muito gente fina. Não tem palavras para descrever quem ela era e o que ocorreu. Não acredito até agora — lamenta Marisa Curvelo, que é amiga de Juliana desde a infância.
18 de abril — Patrícia Viviane de Azevedo, de Viamão

“Ela era o tipo de pessoa que sempre estava pronta para ajudar”, relembra Luciana Ribeiro, 50 anos, a amiga de infância e colega de profissão Patrícia Viviane de Azevedo, 50.
Conforme Luciana, a técnica de enfermagem era uma profissional dedicada e buscava colaborar com os colegas, inclusive com caronas.
— Ela era uma irmã muito dedicada. Sempre muito preocupada. Com os filhos, então, nem se fala. Uma mulher guerreira, batalhadora. É difícil acreditar que ela não está mais aqui — diz Luciana.
Na tarde de 18 de abril, Patrícia foi assassinada a tiros dentro de casa, em Viamão, na Região Metropolitana. O suspeito é o ex-companheiro, um homem de 22 anos, com quem ela havia rompido o relacionamento poucos dias antes. A arma do crime, um revólver calibre 32, foi encontrada no local.
Segundo Gilmara de Azevedo, 48 anos, irmã da vítima, Patrícia e o suspeito estavam juntos há cerca de dois anos. O homem iria deixar a residência onde o casal vivia após o término.
Em nota, o Conselho Regional de Enfermagem do Rio Grande do Sul (Coren-RS) se pronunciou sobre o crime: "O Coren-RS lamenta profundamente a perda de uma profissional da Enfermagem, que teve sua vida interrompida por um ato de violência inaceitável. Ao mesmo tempo, manifesta sua solidariedade aos familiares, amigos e colegas de trabalho da vítima", diz trecho da nota.
18 de abril — Jane Cristina Montiel Gobatto, de Bento Gonçalves
Dona de bons conselhos, Jane Cristina Montiel Gobatto, 54 anos, é lembrada por amigos como alguém que fazia a diferença na vida de quem a conhecia.
— Ela era muito culta e educada. Sempre foi uma pessoa honesta e bondosa. Infelizmente, teve esse trágico fim. Jane não merecia isso — diz Michele Soliman, afilhada de crisma e amiga de mais de 20 anos.
Jane foi morta a facadas na tarde de 18 de abril, em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha. O crime ocorreu no bairro Santa Rita, na residência que ela compartilhava com o companheiro, um homem de 64 anos. Ele é suspeito de praticar o crime e foi preso em flagrante minutos após o ocorrido. A arma usada no feminicídio estava escondida nos fundos da casa e foi apreendida pela polícia.
21 de abril — Leobaldina Rocha Lyrio e Diênifer Rauani Lyrio Gonçalves, de Ronda Alta
Além de dedicada à família, Leobaldina Rocha Lyrio, 41 anos, era reconhecida pelo profissionalismo e empatia com que atuava como massoterapeuta. Segundo pacientes, seus atendimentos eram mais do que sessões de terapia física, sendo também um momento de acolhimento emocional e de empatia.
— Conheci ela através de uma amiga que a indicou para fazer uns tratamentos e terapias. amos a visita- lá frequentemente. Além de grande profissional, se tornou uma amiga querida. Sempre que precisávamos, ela logo nos respondia. Foi uma grande perda para nós e para muitas pessoas que ela ajudou — relatou Dioneia Vitalli, 39 anos, amiga e cliente de Leobaldina.
Leobaldina e a filha Diênifer Rauani Lyrio Gonçalves, 14 anos, foram mortas a facadas em 21 de abril, em Ronda Alta, na região Norte do RS. O companheiro de Leobaldina e padrasto de Diênifer, Juliano Henn, 48 anos, é apontado como suspeito. Ele também foi encontrado morto no local do crime.
O caso é considerado pela Polícia Civil como duplo feminicídio seguido de suicídio. Conforme a polícia, o crime teria sido motivado por uma discussão relacionada a ciúmes e também pela possibilidade do relacionamento do casal terminar.
Juntos há cerca de um ano, Leobaldina e Juliano haviam se casado no civil no fim de 2024 e estavam com a cerimônia religiosa marcada para maio. No entanto, ele foi flagrado conversando com outra mulher por mensagens, o que gerou brigas. Em uma discussão sobre o tema, ele desferiu 14 facadas contra Leobaldina, que havia cancelado o casamento.
Diênifer tentou proteger a mãe, mas foi golpeada ao menos seis vezes. A filha mais nova da vítima, de nove anos, conseguiu se esconder e pedir socorro para a irmã mais velha por meio de mensagens no WhatsApp. Na sequência, ela fugiu das agressões pulando de uma sacada.
A família morava no local onde ocorreu o crime desde dezembro de 2024. Diênifer é lembrada por amigos como uma jovem corajosa, que tentou intervir para proteger a mãe.
21 de abril — Laís Malaguez Meyer, de Pelotas
Costumeiramente carismática e simpática, Laís Malaguez Meyer, 32 anos, foi classificada por amigas como uma mulher trabalhadora.
— Todos os filhos foram criados com muita educação. Ela era uma mulher que nunca deixou de correr atrás dos seus sonhos, sempre com um sorriso no rosto — qualifica Jaque Goetzke, que não consegue aceitar a perda da amiga.
Laís foi vítima de feminicídio em 21 de abril. Ela estava em frente à sede da empresa onde trabalhava, em Pelotas, na Região Sul, quando foi abordada por um veículo. O ex-companheiro estaria dentro do carro e teria conversado com ela durante oito minutos.
Antes de ir embora, ele teria efetuado um único disparo contra a vítima, que morreu no local. O homem não teve a identidade divulgada.
O que dizem as autoridades
O governo estadual reconhece o combate aos feminicídios como um desafio, especialmente quando não há registros de ocorrência contra os agressores, como ocorreu com as 11 vítimas registradas no mês de abril no RS. Outro fator de preocupação, conforme as autoridades de segurança pública, são os períodos festivos, pois ocorre o aumento da convivência familiar.
— Infelizmente, a gente já teve na nossa série histórica de monitoramento outros episódios dessa natureza em feriados e períodos de férias, onde aumenta a convivência familiar. Em abril, nós tivemos concentrados os casos no feriado de Páscoa. Em apenas alguns dias tivemos esse aumento nos casos em relação ao último ano — ressalta a delegada Tatiana Barreira Bastos, diretora do Departamento Estadual de Proteção a Grupos Vulneráveis (DPGV) da Polícia Civil.
Medidas de combate à violência contra mulher
Segundo os representantes de segurança pública do RS, uma série de medidas estão sendo tomadas e também traçadas para combater a violência contra mulher no Estado.
A Brigada Militar cita, por exemplo, as Patrulhas Maria da Penha, instituídas em 2012. Esse trabalho busca acompanhar diariamente mulheres com medidas protetivas, realizando visitas, contatos diretos e monitoramento. Atualmente, são 62 patrulhas em funcionamento e 12.379 vítimas recebendo acompanhamento das patrulhas.
— Desde 2022, todos os policiais militares recebem treinamento para atendimento de ocorrências de violência doméstica e, a partir deste ano, também am a receber capacitação específica para o acompanhamento de medidas protetivas. Ou seja, estamos qualificando continuamente o nosso efetivo com o objetivo de ampliar o atendimento e fortalecer a rede de proteção — ressaltou o comandante-geral da Brigada Militar, Cláudio Feoli.
Já a Polícia Civil reforçou que a entidade busca combater a violência de gênero com diversas medidas. As ações vão desde campanhas educativas, até a qualificação das Delegacias de Polícia especializadas no atendimento de mulheres, além de protocolos de investigação de mortes violentas de mulheres em razão do gênero.
— Nós temos investido muito no monitoramento do agressor e da vítima, inclusive ampliando a distribuição de equipamentos para o interior do Estado. Estamos trabalhando com análise preditiva de risco e monitoramento em rede da vítima, na qualificação da rede de proteção, das casas-abrigo, centros de referência — acrescentou a diretora do DPGV da Polícia Civil, que citou também operações periódicas para busca de agressores indicados em denúncias.
Acordo promete melhorar registro de violência
Em entrevista à Rádio Gaúcha em 14 de maio, secretário da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Sandro Caron, anunciou um acordo de cooperação com a Secretaria de Saúde para qualificar o serviço de registro de ocorrências de violência contra mulheres. O acordo foi firmado nesta segunda-feira (19).
Assim, situações em que se perceber suspeita de violência doméstica durante o atendimentos em hospitais deverão ser comunicadas para autoridades de segurança. Com a medida, mesmo que contra o desejo das vítimas, os médicos que constatarem situação de risco devem informar as autoridades.
— É um acordo de cooperação com a Secretaria de Saúde, em que os dados das notificações chamadas notificações compulsórias serão reados à Secretaria da Segurança Pública. Existe uma determinação do Ministério da Saúde que, em toda situação em que houver ali uma suspeita de se tratar de um caso de violência doméstica, que isso seja levado ao conhecimento das autoridades — explicou à Rádio Gaúcha.
Onde pedir ajuda em casos de violência contra a mulher
Brigada Militar – 190
- Se a violência estiver acontecendo, a vítima ou qualquer outra pessoa deve ligar imediatamente para o 190. O atendimento é 24 horas em todo o Estado.
Polícia Civil
- Se a violência já aconteceu, a vítima deverá ir, preferencialmente à Delegacia da Mulher, onde houver, ou a qualquer Delegacia de Polícia para fazer o boletim de ocorrência e solicitar as medidas protetivas
- Em Porto Alegre, há duas Delegacias da Mulher. Uma fica na Rua Professor Freitas e Castro, junto ao Palácio da Polícia, no bairro Azenha. Os telefones são (51) 3288-2173 ou 3288-2327 ou 3288-2172 ou 197 (emergências)
- A outra fica entre as zonas Leste e Norte, na Rua Tenente Ary Tarrago, 685, no Morro Santana. A repartição conta com uma equipe de sete policiais e funciona de segunda a sexta, das 8h30min ao meio-dia e das 13h30min às 18h
- As ocorrências também podem ser registradas em outras delegacias. Há DPs especializadas no Estado. Confira a lista neste link
Delegacia Online
- É possível registrar o crime pela Delegacia Online, sem ter que ir até a delegacia, o que também facilita a solicitação de medidas protetivas de urgência.
Central de Atendimento à Mulher 24 Horas – Disque 180
- Recebe denúncias ou relatos de violência contra a mulher, reclamações sobre os serviços de rede, orienta sobre direitos e acerca dos locais onde a vítima pode receber atendimento. A denúncia será investigada e a vítima receberá atendimento necessário, inclusive medidas protetivas, se for o caso. A denúncia pode ser anônima. A Central funciona diariamente, 24 horas, e pode ser acionada de qualquer lugar do Brasil.
Ministério Público
- O Ministério Público do Rio Grande do Sul atende em qualquer uma de suas Promotorias de Justiça pelo Interior, com telefones que podem ser encontrados no site da instituição.
- Neste espaço é possível ar o atendimento virtual, fazer denúncias e outros tantos procedimentos de atendimento à vítima. e o site.
Defensoria Pública – Disque 0800-644-5556
- Para orientação quanto aos seus direitos e deveres, a vítima poderá procurar a Defensoria Pública, na sua cidade ou, se for o caso, consultar advogado(a).
Centros de Referência de Atendimento à Mulher
- Espaços de acolhimento/atendimento psicológico e social, orientação e encaminhamento jurídico à mulher em situação de violência.
Como solicitar a medida protetiva online
- A vítima deve ar o site da Delegacia de Polícia Online da Mulher, registrar a ocorrência pela internet e preencher um formulário de avaliação de risco;
- A mulher pode solicitar medidas protetivas de urgência previstas na Lei Maria da Penha – como afastamento do agressor da residência, proibição de aproximação, restrição de porte de arma, entre outras;
- Um filtro de urgência será aplicado ao caso, que será direcionado aos plantões policiais do Estado;
- A ocorrência e o pedido de medidas protetivas são encaminhados em até 48 horas ao Poder Judiciário, que deve decidir em até outras 48 horas;
- A vítima receberá confirmação do protocolo, explicação do fluxo e orientação para procurar um local seguro enquanto aguarda a decisão;
- No caso de concessão da medida, um oficial de Justiça intima o agressor;
- A Polícia Civil e a Brigada Militar são informadas e am a fazer monitoramento a distância, aguardando informações do Poder Judiciário ou da própria vítima e familiares em relação ao descumprimento da medida. Também há o monitoramento eletrônico com tornozeleiras – hoje há cerca de 300 agressores monitorados no RS;
- Se o agressor desobedecer a medida (por exemplo, se aproximar da vítima), pode vir a ser preso em flagrante.