A árvore ainda é comercializada para ser usada como auxílio no sombreamento e para paisagismo em espaços como praças e estacionamentos das cidades.
— Não vejo a uva-do-japão como problema maior. Próximo de Maquiné, utilizam muito a madeira dela e acabam contribuindo para eliminar as árvores de maior porte — conclui.
A uva-do-japão é reconhecida como espécie exótica invasora pela Portaria Sema nº 79/2013, que estabelece a Lista Oficial de Espécies Exóticas Invasoras do Rio Grande do Sul.
Em 2020, o Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) publicou uma recomendação sobre a necessidade da substituição da espécie nos estabelecimentos de avicultura e de suinocultura no Estado.
A orientação pede a substituição progressiva dessa espécie por outras nativas, bem como o controle periódico até sua erradicação nas áreas dos empreendimentos. A recomendação também apresenta uma lista indicativa de espécies nativas para a troca.
Conforme a Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), o Programa Invasoras RS, coordenado pelo Departamento de Biodiversidade (Dbio/Sema), atua na prevenção, controle e erradicação dessas espécies, em articulação com outros setores.
Uma das frentes integra o Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Sistemas Lacustres e Lagunares do Sul do Brasil – instrumento federal que tem como proposta conservar a biodiversidade associada a esses sistemas ecológicos sensíveis.
Uma das ações visa controlar a espécie na Reserva Biológica Estadual Mata Paludosa – Unidade de Conservação sob gestão da Sema – localizada em Itati, no Litoral Norte. A iniciativa ocorre em parceria com o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer). Trata-se de um esforço interinstitucional para recuperar áreas naturais invadidas e restaurar a integridade ecológica.